quarta-feira, 10 de março de 2010

Como é difícil...

Assim como muitos brasileiros, estou a procura de emprego ou estágio. E estou vendo o quanto é difícil conseguir um bom emprego no Rio de Janeiro, quando você não tem um bom Q.I.(quem indique).
Eu assumo que meu primeiro emprego foi um Q.I. fortíssimo na empresa, o que talvez tenha me feito mal, pois tinha um salário razoável, por uma carga horária boa e alguns benefícios que me ajudavam bastante.
Não sei se é a quantidade de pessoas no mercado ou se é só exploração descarada. Mas acho absurdo uma empresa oferecer R$450 para uma pessoa entrar na empresa as 8h e sair as 18h(fora os que ainda colocam horários aos sábados). E pra completar o vale transporte fecha o pacote(já que o funcionário não precisa nem de vale refeição para comer, nem de plano de saúde para se manter saudável para continuar trabalhando).
O mais interessante é que muitas vezes esse mesmo cara que te oferece R$450, ainda tem a cara de pau de te exigir experiência. Que aliás muitas vezes essa experiência é o calo na vida de muitos. O mercado de maneira ampla, perdeu a paciência de ensinar o funcionário, já quer alguém pronto. E os novos no mercado, ou aqueles que querem regressar ao mercado depois de algum tempo, são muito prejudicados.
Ontem vi uma discussão entre um professor de economia e uma aluna sobre "como a maneira de se vestir influenciava na carreira". Ela dizia que não tinha nada a ver, que qualquer pessoa mesmo que mal vestida ou com piercings ou tatuagens expostas tinha a mesma chance que uma pessoa com trajes adequados ou sem os itens anteriores. O professor alega que além de sua imagem ser seu cartão de visitas, é um diferencial entre duas pessoas de qualidade profissional semelhante e também a maneira como o profissional se veste é como outras pessoas vão ver a empresa. O negócio é que ele tem razão! Quanto maior o mercado e a quantidade de pessoas trabalhando, qualquer detalhe é motivo de eliminação.

Depois de tantos fatores que fazem o trabalhador se sentir depreciado, um jornal televisivo ainda questiona como pode ter tanta vaga em algumas agências de emprego e ninguém para ocupá-las. Será que é porque algumas dessas empresas trabalham em serviço de semi escravidão com remuneração simbólica? (seria cômico se não fosse trágico)

Enfim, por hoje é isso...
Abraços
Elis Regina